segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
O dever de sonhar
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Do latim, unitas
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
No lugar de paredes, portais
Como já disse muito sabiamente Paulo Coelho, "escrever é um ato de valentia". É compartilhar seus sentimentos, sua angústias, seus medos e desejos. É compartilhar percepções, ideias, sonhos e frustrações. É abrir a alma àqueles que o lêem, mostrando-se por detrás dos véus que encobrem todo ser. É deixar de lado a timidez, o medo do fracasso e da vergonha, colocando-se de peito aberto diante da multidão, permitindo que te leiam tal como és. Que coragem!
Só de pensar em sentar e escrever, no intuito de publicar o resultado, me dá um frio na espinha, vem aquela insegurança cretina sobre ser capaz de fazer isso. E o sendo, sobre a utilidade de fazê-lo. Por que alguém leria aquilo que escrevo? Tem tanta gente boa por aí, por que os meus textos, minhas ideias e questões seriam interessantes a alguém? Mais além, a que almas falaria a minha alma?
É nessas horas em que me deparo com a minha pior inimiga: eu mesma. Minha crítica mordaz se aplica a mim mesma, e o feitiço vira contra o feiticeiro. Quem critica, não cria. Aí pronto, bate o bloqueio, resultado do auto boicote. Que horror! Por que alguém faria isso consigo mesmo? Freud provavelmente explica… Agimos de formas muitas vezes incompreensíveis, carentes de sentido ou razão. E é preciso voltar-se para dentro de si, buscando em que buracos residem as travas que impedem o avanço, aquelas poeiras que jogamos para debaixo dos tapetes internos, esperando não ter de lidar com elas.
Entendido que preciso abrir passagens nas muralhas que eu mesma criei para proteger meu mundo, decidi: vou criar um blog. Nele, posso publicar minhas ideias, meus escritos. Posso abrir as janelas da minha alma a quem tenha comigo a trocar. Um primeiro passo numa nova direção - e como bem vivenciei nos últimos meses, a caminhada se faz no primeiro passo dado. Decisão tomada, a procrastinação. Não sei mexer num blog. Que título dar a ele? O que escreveria, afinal? Blá, blá, blá. Mera enrolação, puro medo de começar. Na maioria das vezes, o primeiro passo é o mais difícil.
Cá estou, então. Blog criado, primeiro texto escrito. Agora, só falta publicar. E lá vou eu, botar a cara a tapa. Sem mais, mais.