quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Do latim, unitas

Passamos agora por um momento de enormes transformações, quando devemos reaprender valores há muito esquecidos ou deixados de lado. Está mais do que na hora de aceitarmos a nós mesmos como somos, conscientes de nossos vícios e virtudes, de nossos defeitos e qualidades. Precisamos entender que somos únicos, cada um na sua jornada, cada um com seu aprendizado e suas necessidades. E é esta unicidade que precisa, mais do que nunca, ser respeitada. É nela que está a beleza da vida, dos ciclos, do vai e vem da maré do Universo. É a unicidade de cada ser que gera a multiplicidade do nosso planeta. 

Cada um deve buscar ser o melhor que puder, dentro da sua natureza, das suas condições e possibilidades. Encontrando a nós mesmos, encontramos a Deus. E encontrando a Deus, podemos enfim encontrar aos outros, e com eles crescer, produzir, reproduzir. Na teia em que vivemos, cada fio é essencial, mas deve estar inteiro. De que adiantaria um fio partido? 

Por isso, busque a si mesmo, volte-se para dentro e descubra o que fala a sua alma, o que sente, o que deseja, o que ama. Esteja em contato com a natureza, com os animais, com a vida. Observe a perfeição do Universo, e sinta a paz que flui por todo o seu ser ao ver um pássaro no ar, um peixe no mar, um cavalo galopar… Sinta o calor do sol, a umidade da chuva, o frescor do mar e dos rios, a textura da terra aos seus pés. Sinta-se flutuar com o vento que bate, sorrir com o sorriso que se abre. Sinta amor por todos os seres, vivos ou mortos. Acima de tudo, sinta amor por si mesmo. Apenas amando-se, é possível amar. Apenas aceitando-se, é possível aceitar. Apenas respeitando-se, é possível respeitar. Assuma a responsabilidade pela sua vida, pelos seus atos e palavras. E cuide de tudo aquilo que faz, diz ou pensa; é tudo energia. Transmute o negativo em positivo, inverta os pólos da sua vida, permita-se sacudir, bagunçar. É a única forma de saber o que há dentro de você. 

Conscientize-se, ilumine-se, regozija-se!

2 comentários:

  1. Até quando nossas palavras estão colocadas na terceira pessoa, no fundo, elas continuam sendo nossas e para nós mesmos. O fato de usarmos essa ferramente, onde a terceira pessoa mais nos representa do que ao outro, faz com que as palvras venham a ressoar profundamente na alma de quem lê. "É a unicidade de cada ser que gera a multiplicidade..."

    ResponderExcluir
  2. Esse seu texto já nasceu feito pra eternidade...né baby? Sou louca por ele...

    ResponderExcluir